Sabe aquela pessoa chata, que tem um dó enorme de emprestar seus livros? Aquela que deixa eles em perfeito estado na prateleira, limpa frequentemente, e exige uma distância mínima de cinco metros dos seus bebês? A ilustradora e artista Keri Smith tem um remédio pra essa doença. O livro Destrua Este Diário tem como objetivo o que o próprio nome já diz. Pode parecer um pouco confuso no início, mas na verdade é a coisa mais simples do mundo. O livro da editora Intrínseca conta com 224 páginas de pura destruição. Em cada página a autora dá uma sugestão de como destruir o diário, e exemplos disso são "Leve este livro para o chuveiro", "Despeje, derrame, respingue, cuspa, jogue seu café aqui", "Arrebente a lombada", entre muitos outros.
Criar é esculhambar, essa frase define bem a proposta do diário, que é estimular a criatividade das pessoas. Vale os vinte e cinco reais que paguei, e confesso que de início até dá uma pena de destruir, mas depois? A última coisa que você quer ver é ele inteiro. Eu gostaria muito de ter tirado algumas fotos dele quando comprei, mas a ideia de fazer um post sobre só veio agora, quando ele já estava quase pedindo arrego, e olha que eu não to nem na metade da destruição ein.
Para destruir o meu diário eu contei com a ajuda de todas as minhas canetinhas, lápis de cor, adesivos, cola, tinta, recortes de revistas, tesoura, perfume, e até mesmo o meu namorado. A experiência de destruir o diário é única e é uma ótima maneira de desapegar um pouco dos nossos bens materiais, e aprender a não ser tão perfeccionista quanto a nossa arte.
